sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Escolhas de uma vida

Hoje recebi este email de uma grande amiga e me fez refletir e pensar muito.
Mas nada que eu falasse iria acrescentar ao texto de Martha Medeiros que eu copio abaixo. Ele fala tudo que penso e fala por si só.

Grande beijo, fiquem com Deus e um magnifico final de semana.

O meu, com certeza, será.

Patty

ESCOLHAS DE UMA VIDA

(Martha Medeiros)

"A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma
das nossas decisões". Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu.
Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que agente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção, estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida"

Não é tarefa fácil.

No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião.
Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura.
Se é a psicologia que se almeja, pouco tempo sobrará para fazer o curso de odontologia.
Não se pode ter tudo.

No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances.
Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar e através do casamento
fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.
As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços.
Escolha.

Morar em Londres ou numa chácara? Ter filhos ou não?
Posar nua ou ralar atrás de um balcão? Correr de kart ou entrar para um convento?
Fumar e beber até cair.
Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.

Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente cada 6 meses.
Ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem disposto e não tê-los quando se está cansado, viver de poesia No way.

Por isso é tão importante o auto-conhecimento.
Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos.
Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é.
Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota venham sempre para acrescentar, ao caminho anteriormente percorrido.
A estrada é longa e o tempo é curto.
Quanto menos a gente errar, melhor.
Que você seja feliz com suas escolhas."

Um comentário:

Sergio Di Fiore disse...

Aha... Vc. tem blog, é :o)